Nasceu em 1928 na Filadelfia, Estados Unidos. Astrônoma estadunidense.
Desde criança mostrou um grande interesse
pelo movimento das estrelas que observava em seu telescópio que seu pai, um
engenheiro elétrico, construiu . Vera ingressou em 1945 no Vassar College –
escola somente para mulheres, fundada em Nova York em 1861 – motivada pela perseverança e os trabalhos
de Maria Mitchell, primeira diretora desta instituição. Terminou seus estudos
em astronomia em 1948, e nesse mesmo ano se casou com Robert Rubin, que
encorajava seus estudos.
Vera ingressou na Universidade de Cornell,
graduando-se em 1951; Apresentou sua tese na Sociedade Americana Astronômica,
baseada na idéia de que as galáxias estariam girando ao redor de um centro
desconhecido. Depois de sua rejeição na Universidade de Princeton, porque não
aceitavam mulheres, com decisão e persistência entrou na Universidade de
Georgetown, em Washington D.C., aonde continuou estudando Astronomia e em 1954
realizou a sua tese de doutorado em que mostrou que as galáxias não se
distribuíam aleatoriamente no céu, mas que se agrupavam em grandes associações.
Nenhuma pessoa se interessou em seu trabalho, nem publicou em revistas
cientificas; Porém estas descobertas foram confirmadas 15 anos depois.
Na década de 1950 Vera alternou a docência
e investigação com a maternidade, já que teve quatro filhos que, com o tempo
seguiriam carreiras cientificas. Em 1963 se uniu ao trabalho do casal Geoffrey
e Margaret Burbidge publicando uma investigação em conjunto sobre a existência
dos fenômenos explosivos nos núcleos de algumas galáxias.
Passada a segunda metade do século XX,
seguiam as discriminações contra as mulheres na ciência: não as deixavam
utilizar os telescópios, por isso não podiam desenvolver-se profissionalmente.
Em 1964 Vera começou a trabalhar no Departamento de Magnetismo Terrestre da Instituição Carnegie e se converteu na
primeira mulher que
observou o céu utilizando o telescópio do Monte Palomar de forma legal, com seu
próprio nome como cientista convidado.
O astrônomo W. Kent Ford desenvolveu o
espectrômetro que permitia medir a velocidade das estrelas nas galáxias
espirais. Vera e Kent Ford
estudaram regiões pequenas dentro das galáxias e ali observaram a emissão de
luz com diferentes partes em suas espirais: estudaram as chamadas “curvas
planas de rotação”. Em 1975, na reunião da Sociedade Estadunidense de
Astronomia, Vera e Kent anunciaram a toda comunidade cientifica que as galáxias
espirais deixavam espaços vazios entre elas e que havia uma menor porção de
massa luminosa e o restante , muito maior, não era visível, mas estava em forma
de matéria escura, que correspondia a quase 90% do universo, embora não
emitisse luz, era detectável pelo efeito gravitacional que produzia.
Apesar das dificuldades, Vera Rubin,
brilhante astrônoma, tem contribuído com suas investigações e dedicação ao
conhecimento do universo, e tomou um lugar reconhecido no mundo cientifico. Ela
tem recebido honras e distinções pelos seus trabalhos: em 1996 a Medalha de
ouro concedida pela Sociedade Astronômica Royal (Reino Unido) segunda mulher a recebê-lo, depois que
passaram mais de 160 anos de que fora outorgada a Carolina Herschel (em 1828);
Medalha Bruce em Astronomia (Astronomical Society of The Pacific, usa) em 2003.
Tem sido merecedora do titulo Doctor Honoris Causa em varias universidades.
Vera é co-autora de 114 artigos de
investigação e publicou vários artigos científicos com sua única filha Judith
Young, doutora em Física, formando um das poucas parcerias mãe-filha na Astronomia. Ela deu numerosas conferencias e
entrevistas. É membro da Academia Nacional de Ciências desde 1981 e considera
que “é um privilegio ser uma pioneira entre as mulheres fascinadas com as
galáxias”.
Vera segue investigando e é muito querida
e respeitada.
Traduzido do Mujeres que Hacen la Historia
Bom.
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