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sábado, 3 de agosto de 2013

Marie-Anne Lavoisier

Nasceu como Marie-Anne Pierrette Paulze, em 1758 na França. Química e ilustradora francesa.

Órfã de mãe aos três anos, seu pai a enviou para um convento aonde recebeu uma excelente educação: era muito inteligente, sabia vários idiomas e era uma boa desenhista. Aos catorze anos, seu pai a casou com Antoine Lavoisier (1743-1794) um nobre advogado de 28 anos, geólogo e químico.

Ela se interessou pelas investigações cientificas de Antoine. Deste modo, Marie-Anne teve lições de química com Jean-Baptiste Bucquet, que lhe permitiram tornar-se assistente de Lavoisier. Ela anotava as observações, desenhava diagramas e gravava e talhava os instrumentos do laboratório. 

Marie-Anne era encarregada da correspondência científica de seu esposo. Como sabia latim e inglês,  traduzia os tratados de química de vários cientistas. O mais importante foi “Teoria do flogisto” do cientista Irlandês, químico e geólogo Richard Kirwan. Marie-Anne não somente traduziu o seu trabalho, bem como agregou comentários muito precisos sobre os erros químicos que encontrava. O flogisto é um elemento parecido com o fogo, que carece de peso, e se libera durante a combustão. Antoine Lavoisier chamou oxigênio o gás liberado na combustão.

Em 1789 Lavoisier publicou o primeiro texto da química moderna, “Tratado Elemental da química”, no qual detalhava os 23 elementos conhecidos como base de todas reações químicas. Marie-Anne realizou as gravuras em cobre desta obra, além das pinturas e aquarelas. O casal também realizou trabalhos científicos sobre os alimentos, pois os consideravam como combustíveis para repor as energias. Marie-Anne organizou um salão intelectual na sua casa com cientistas e naturalistas da época,  aonde foi muito admirada pela sua inteligência.


Em 1974, durante a Revolução Francesa, em pleno Reinado do Terror, o pai de Marie-Anne e logo seu esposo, foram acusados de traição, e executados em Paris: Lavoisier tinha 50 anos. Depois da sua morte,  Marie-Anne organizou todos os trabalhos que haviam feitos juntos e em 1805 publicou “Memórias da química” com o nome de seu marido apenas.

Casou-se de novo em 1804 com o cientista Benjamim Thompson (1753-1814), porém sua intolerância por seu salão cultural e seu rechaço em incluí-la em sua vida de experimentador, os levou a divorciarem-se em poucos anos. Marie-Anne manteve o apelido de seu primeiro esposo, sua personalidade foi ofuscada pela figura dele, poucos reconheceram sua valia e aporte para ciência, sempre foi a esposa do cientista Lavoisier.


Marie-Anne Lavoisier faleceu em 1836 na sua casa de Paris, aos 78 anos de idade.

Traduzido do Mujeres que Hacen la Historia

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