Ainda que não pudesse frequentar
a escola, por ser mulher, conseguiu os assuntos dos cursos de analises de
Joseph Louis Lagrange (1736-1813) e de química de Antoine François Fourcroy
(1755-1809), da Escola Politécnica de Paris.
Em 1794 foi fundada a
Escola Politécnica de Paris, uma academia de excelência para a formação de
matemáticos e cientistas de toda a nação, reservada exclusivamente para homens.
Sem coragem para se propor ao conselho acadêmico, assumiu a identidade de um
antigo aluno da academia, Monsieur Antoine-August Le Blanc. A administração
acadêmica não sabia que o verdadeiro sr. Le Blanc tinha deixado Paris e
continuou imprimindo e enviando suas lições, que ela interceptava,
apresentando, semanalmente, suas respostas aos problemas sob seu pseudônimo.
Dois meses depois, o supervisor do curso, Joseph-Louis Lagrange, surpreso pela
transformação notável de um aluno medíocre, que agora apresentava soluções
engenhosas aos mais variados problemas, requisitou um encontro com o aluno
aparentemente reabilitado. Germain foi forçada a revelar sua identidade.
Lagrange tornou-se seu mentor e amigo.
A partir de 1801,
depois de estudar um livro de Johan Carl Gauss (1777-1855), que ensinava na
Prussia, Sophie se dedicou ao estudo da Teoria dos números; Manteve correspondência
com este matemático, de novo sob o mesmo pseudônimo, mostrando suas
investigações. Ao saber sua identidade, vários anos depois, Gauss escreveu uma
carta elogiando o seu trabalho, admirando o seu valor e seus conhecimentos.
Sophie apresentou em
duas ocasiões, 1811 e 181, dois trabalhos sobre a teoria matemática de superfícies
elásticas, ou teoria da elasticidade para a Academia Francesa de Ciências, mas
os dois foram rechaçados. Porém, em 1816 ao apresentar-se de novo, competindo
com eminentes matemáticos e físicos, ganhou o concurso obtendo uma medalha de
ouro. Foi a primeira mulher que frequentou as sessões da Academia Francesa de
Ciências, ao lado de grandes matemáticos da época, graças as suas pesquisas com
os números primos e seu trabalho com o último teorema de Fermat.
Sophie Germain
trabalhou com dedicação e afinco, ainda que a comunidade cientifica não
mostrasse o respeito que ela merecia e a ignorasse. Continuou suas
investigações em matemática e sua contribuição mais importante foi a “Teoria
dos Números” ou o “Números Primos de Germain”. Escreveu um ensaio filosófico que
foi muito elogiado e publicado postumamente: “Considerações gerais sobre o
estado das Ciências e das Letras”.
Em 1830, por
intervenção de Gauss, a Universidade de Gottingen outorgou a Sophie um título
honorário, porém em junho de 1831 morreu, antes de poder receber o prêmio. Embora
tenha sido ela, provavelmente, uma das mulheres com maior capacidade
intelectual que a França produziu, na notícia oficial de sua morte foi
designada como uma solteira sem profissão – ao invés de matemática, além
de ter sido omitido o seu nome da relação dos setenta e dois sábios cujas
pesquisas contribuíram definitivamente para a construção da Torre Eiffel -
quando os seus estudos para estabelecer a teoria da elasticidade foram
fundamentais para a construção daquela torre
Fontes:
Wikipédia
Mujeres que Hacen La Historia (Traduzido)
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