Frequentou a escola
Municipal Superior de Erlangen, na qual estudou vários idiomas, piano e aritmética.
Seu pai Max Noether, um renomado professor de matemática e pesquisador das
funções algébricas, transmitiu-lhe seu amor pela matemática.
Noether decidiu em 1900 ir
para Universidade de Erlangen, porém as mulheres não eram admitidas como
estudantes oficiais, por isso ela assistiu como ouvinte sem o direito de ser
examinada. Sua determinação e perseverança fez com que fosse a única aluna
entre quase 1000 estudantes homens.
Em 1903, quando a
Universidade mudou seus estatutos, Emmy pode prestar seus exames e obteve seu
doutorado em 1907 com sua tese “Sistemas completos de invariantes para as
formas ternarias biquadráticas” , sob a tutoria de Paul Gordon. Trabalhou no Instituto Matemático de sua cidade natal sem nenhum salário, ajudando o seu pai e
desenvolvendo suas próprias investigações.
Sua tese de doutorado foi
publicada em 1918 pela revista Mathematische Annalen, e o trabalho, conhecido
como “Teorema de Noether” demonstrou uma relação entre simetria entre as leis
da física e a consequente lei de conservação de energia. Este trabalho ajudou a
desenvolver a função matemática que levou Einsten a teoria da relatividade.
A publicação de seus
trabalhos mereceu o reconhecimento de outros cientistas matemáticos, deu
conferencias em Salzburgo e em Viena ensinou classes como “professora ajudante”,
na Universidade de Gottingen. Realizou investigações sobre álgebra abstrata,
trabalhando em teoria de grupo, teoria de anéis e teoria número. Estes
conceitos definidos axiomaticamente deu o passo a álgebra moderna.
Por ser judia, intelectual e
pacifista, ao chegar Hitler ao poder, ela se exilou nos finais de 1933, nos
Estados Unidos, no qual foi docente Na Pennsylvania, e trabalhou no Instituto
de Estudos Avançados, em Princeton, no qual se encontrava o físico alemão Albert
Einsten (1879-1955), continuando com suas investigações.
Apesar dos anos em que
esteve dedicada a investigação e ao reconhecimento que obteve por outros
matemáticos, a vida de Emmy não foi fácil: a misoginia e a discriminação –
somente por ser mulher não teve um salário digno – foi o que recebeu em troca
de seus conhecimentos.
Emmy Noether morreu em 1935,
aos 53 anos de idade como consequência de uma cirurgia.
Traduzido do Mujeres que Hacen la Historia