sexta-feira, 17 de outubro de 2014

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Sophie Germain nasceu em 1776, em Paris. Matemática francesa. Pertencia a uma família burguesa e começou a estudar aos 13 anos de idade. Ainda adolecente, pesquisando a biblioteca de seu pai, encontrou o livro História da Matemática, de Jean-Étienne Montucla. O livro continha a enorme relação das descobertas de Arquimedes. Imediatamente, pôs-se a estudar a teoria básica de números, cálculos e os trabalhos de Leonhard Euler e Isaac Newton. Nunca se casou, tendo tido sua carreira de pesquisadora financiada por seu pai.

Ainda que não pudesse frequentar a escola, por ser mulher, conseguiu os assuntos dos cursos de analises de Joseph Louis Lagrange (1736-1813) e de química de Antoine François Fourcroy (1755-1809), da Escola Politécnica de Paris.

Em 1794 foi fundada a Escola Politécnica de Paris, uma academia de excelência para a formação de matemáticos e cientistas de toda a nação, reservada exclusivamente para homens. Sem coragem para se propor ao conselho acadêmico, assumiu a identidade de um antigo aluno da academia, Monsieur Antoine-August Le Blanc. A administração acadêmica não sabia que o verdadeiro sr. Le Blanc tinha deixado Paris e continuou imprimindo e enviando suas lições, que ela interceptava, apresentando, semanalmente, suas respostas aos problemas sob seu pseudônimo. Dois meses depois, o supervisor do curso, Joseph-Louis Lagrange, surpreso pela transformação notável de um aluno medíocre, que agora apresentava soluções engenhosas aos mais variados problemas, requisitou um encontro com o aluno aparentemente reabilitado. Germain foi forçada a revelar sua identidade. Lagrange tornou-se seu mentor e amigo.

A partir de 1801, depois de estudar um livro de Johan Carl Gauss (1777-1855), que ensinava na Prussia, Sophie se dedicou ao estudo da Teoria dos números; Manteve correspondência com este matemático, de novo sob o mesmo pseudônimo, mostrando suas investigações. Ao saber sua identidade, vários anos depois, Gauss escreveu uma carta elogiando o seu trabalho, admirando o seu valor e seus conhecimentos.

Sophie apresentou em duas ocasiões, 1811 e 181, dois trabalhos sobre a teoria matemática de superfícies elásticas, ou teoria da elasticidade para a Academia Francesa de Ciências, mas os dois foram rechaçados. Porém, em 1816 ao apresentar-se de novo, competindo com eminentes matemáticos e físicos, ganhou o concurso obtendo uma medalha de ouro. Foi a primeira mulher que frequentou as sessões da Academia Francesa de Ciências, ao lado de grandes matemáticos da época, graças as suas pesquisas com os números primos e seu trabalho com o último teorema de Fermat.

Sophie Germain trabalhou com dedicação e afinco, ainda que a comunidade cientifica não mostrasse o respeito que ela merecia e a ignorasse. Continuou suas investigações em matemática e sua contribuição mais importante foi a “Teoria dos Números” ou o “Números Primos de Germain”. Escreveu um ensaio filosófico que foi muito elogiado e publicado postumamente: “Considerações gerais sobre o estado das Ciências e das Letras”.

Em 1830, por intervenção de Gauss, a Universidade de Gottingen outorgou a Sophie um título honorário, porém em junho de 1831 morreu, antes de poder receber o prêmio. Embora tenha sido ela, provavelmente, uma das mulheres com maior capacidade intelectual que a França produziu, na notícia oficial de sua morte foi designada como uma  solteira sem profissão – ao invés de matemática, além de ter sido omitido o seu nome da relação dos setenta e dois sábios cujas pesquisas contribuíram definitivamente para a construção da Torre Eiffel - quando os seus estudos para estabelecer a teoria da elasticidade foram fundamentais para a construção daquela torre
                                                  
Fontes:

Wikipédia
Mujeres que Hacen La Historia (Traduzido)

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